quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Os Três Mosqueteiros

Em 1843, o escritor Alexandre Dumas passou uma temporada em Marselha, no sul da França. Durante as longas caminhadas pelo movimentado porto da cidade, Dumas aproveitava para visitar um velho amigo, Joseph Méry, bibliotecário do lugar. Um dia, dando uma olhada nos livros da biblioteca, o grande escritor francês topou com um volume que o deixou intrigado: Mémoires de Monsieur d·Artagnan, Capitaine Lieutenant de la Première Compagnie des Mousquetaires du Roi (Memórias do Senhor D’Artagnan, Capitão-Tenente da Primeira Companhia dos Mosqueteiros do Rei). O pequeno volume de capa, publicado em Colônia em 1700, havia sido escrito por um autor conhecido da época, Gatien de Courtilz de Sandras, que romanceou a vida do militar Charles Batz de Castelmore que era um mosqueteiro (Charles nasceu em 1611 e morreu em combate na batalha de Maastricht, em 1673, depois de uma vida a serviço do rei de França). Embriagado pelas aventuras narradas no livro, Dumas esqueceu-se de devolver (ou simplesmente surrupiou) o volume e levou-o para Paris.
Em pouco tempo, estava pronto o romance que o tornaria imortal. Alexandre Dumas tinha uma método peculiar de criar histórias, uma espécie de “birô do romance”. Como os roteiristas das novelas de hoje, ele não escrevia sozinho, trabalhava em equipe (daí que a qualidade de seus livros varie bastante). Para Os Três Mosqueteiros, contou com a colaboração de Auguste Maquet. Inconformado com o sucesso da obra, Maquet tentou provar que a idéia original do volume era sua.Mas a ficha de devolução da biblioteca não o deixou mentir. Dumas foi o sujeito que não devolveu a obra no prazo. E que deu vida a um novo D’Artagnan.

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