domingo, 11 de outubro de 2009

Tráfico de influência

Conversas gravadas em 2008 pela Polícia Federal (PF) revelam que Fernando Sarney, filho do ex-presidente da República e atual presidente do Senado, José Sarney (PMDB), controla a agenda do ministro das Minas e Energias, Edison Lobão, peça-chave do governo Lula na condução do marco regulatório do pré-sal. As informações são do jornal “Folha de S.Paulo”.
A reportagem afirma que as conversas interceptadas pela PF revelam que o filho mais velho de Sarney e Silas Rondeau, ex-ministro das Minas e Energias, têm livre acesso a Lobão e a seu gabinete. Nos diálogos gravados, a PF flagrou interferências feitas pelos dois acusados na agenda do ministro, como marcação e cancelamento de reuniões. As escutas revelam ainda orientações a Lobão sobre encontros com empresários e fechamento de contratos.
No entender da PF, as conversas, obtidas com autorização da Justiça, configuram “tráfico de influência” – crime de solicitar ou obter vantagem para influir em órgão público –, que prevê pena de dois a cinco anos de prisão. O relatório do inquérito diz que Fernando Sarney “coordenou a prática ilícita”.
As escutas revelaram que Lobão, Rondeau e Fernando Sarney se tratam quase sempre por apelidos. O ministro é chamado de “Magro Velho”; Rondeau é o “Baixinho”; Fernando o “Bomba”, “Bombinha” ou “Madre”; e José Sarney é chamado de “Madre Superiora”.
Questionado pela reportagem da Folha de S.Paulo, Lobão negou que o presidente do Senado, por meio de seu filho e de Rondeau, interfira em sua agenda ou tenha influência sobre questões do governo.

Fonte: Portal IG

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