Mulheres na política

As mulheres candidatas a algum cargo político nas próximas eleições ainda são minoria. Dos mais de 121 mil candidatos que fizeram os registros junto à Justiça Eleitoral, somente 21,05% são do sexo feminino. Apesar de serem poucas numericamente, o analista político Antonio Augusto de Queiroz do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), lembra que as mulheres tem grande capacidade de se organizar e defender as causas.
Gleisi Hoffmann, candidata a uma cadeira no Senado Federal pelo PT e bem cotada pelas pesquisas de intenção de voto, entende que a política ainda precisa se abrir mais para as mulheres. “Não faz cem anos que nós adquirimos o direito ao voto, daí a ser votada é uma grande caminhada. A política nunca se preocupou conosco, porque éramos consideradas incapazes. E quando começamos a votar, por um bom tempo eram os maridos e os pais que orientavam o voto feminino”, lembra.
Agora, diz Gleisi, as mulheres começaram a se conscientizar que precisam participar do processo, porque as decisões políticas interferem diretamente nas suas vidas. “Quando você decide sobre educação, saúde e segurança pública, majoritariamente você está decidindo sobre temas que implicam nas relações cotidianas da mulher com os seus filhos e sua família”, argumenta.