quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Voo cego de tucano

De Ana D'angelo

"Salário mínimo de R$ 600 já"; "13º para Bolsa-Família e manutenção do benefício mesmo para quem arrumou emprego"; "10% de reajuste para aposentados e pensionistas do INSS". Um expectador desavisado concluiria que isso é coisa de petistas. Mas não. Saiu da boca do tucano José Serra, cujo partido ficou conhecido por cortar gastos sociais, para ajustar as contas públicas, e cujo eleitorado principal, a classe média melhorada e os ricos, tem pavor do bolsa-família.

Essas promessas são a tentativa desesperada de Serra não somente de chegar ao segundo turno, mas de reduzir o estrago no percentual de votos recebidos, com o pleito presidencial encerrando-se no próximo dia 3. Conforme qualquer pesquisa, Serra tem entre 23% e 29% de votos (incluindo margem de erro). Dilma Rousseff, com seus 50% ou mais, levaria em primeiro turno, pois a terceira candidata, Marina Silva, tem apenas 9%. Os outros não conseguem reunir 1%. Ganha em primeiro turno quem tiver percentual maior que a soma dos demais candidatos (votos nulos e brancos não são considerados válidos).

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