Hoje é dia do bancário. Foi criado para lembrar a greve histórica de 1951, quando os bancários iniciaram uma das mais longas greves da categoria. Em uma assembléia no Sindicato dos Bancários em São Paulo, com a presença de 28% da categoria, a greve foi deflagrada e logo duramente reprimida. O DOPS prendia e espancava os grevistas. Em todo o Brasil a manipulação da imprensa levou os bancários de volta ao trabalho, mas a categoria em São Paulo resistiu e, em consequência, a repressão aumentou. Somente após 69 dias de paralisação, a categoria arrancou 31% de reajuste. Após o término da paralisação a repressão foi ainda mais acentuada. Centenas de bancários foram demitidos e as comissões por bancos foram desmanteladas pelos banqueiros. Mas, como resultado mais positivo, a greve de 1951 colocou em xeque a lei de greve do governo Dutra e provocou, também, a criação do Dieese em 1955.
Nas últimas décadas, inovações tecnológicas e novos métodos de organização do trabalho causaram profundas transformações nos processos de trabalho. Como consequência temos desemprego, precarização e flexibilização das relações de trabalho e isso atingiu diretamente a categoria. O perfil do bancário mudou. De conhecedor de técnicas passou a vendedor-polivalente. Não se exige mais conhecimentos prévios para o exercício da profissão. Os bancos procuram desqualificar os bancários das agências por meio de inovações tecnológicas e reorganização do trabalho, transferindo as atividades para fora das agências e o saber-fazer do trabalhador para o computador.
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