Eidicléa Regiane Gonçalves *
Teve inicio sexta-feira, 21 de agosto, a “Semana Nacional do Excepcional” de 2009, com término no dia 28. A campanha deste ano mostra que milhares de pessoas com deficiência estão superando suas limitações, abrindo várias portas e ultrapassando duras barreiras, impostas pelas suas limitações e muito maiores são as barreiras impostas pelo preconceito existente.
O preconceito é um juízo preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude discriminatória contra o que avaliamos diferentes dos nossos conceitos. Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém ao que lhe é diferente. Sentimos os desvios como uma ameaça, aquilo que é diferente nos incomoda e nós não nos permitimos descanso até que tal coisa seja separada e isolada de nossas presenças, de nossas vidas.
A deficiência pode acontecer em situações como o nascimento (cegueira, surdez, paralisia cerebral, espinha bífida, síndrome de down entre outras) ou de acidentes que podem ocorrer em qualquer idade (a minha, a sua, de nossos filhos, irmãos, companheiros), podem ser de qualquer tipo (acidente automobilísticos, escorregar em um piso molhado e bater com a cabeça entre muitos outros), porém o impacto que isso tem na vida das pessoas portadoras de alguma deficiência, é marcado pela forma como são definidos ou tratados pela sociedade onde vivem, já que os padrões de beleza e de perfeição física podem diferir dentro das mesmas ou das diversas sociedades.
O preconceito é um juízo preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude discriminatória contra o que avaliamos diferentes dos nossos conceitos. Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém ao que lhe é diferente. Sentimos os desvios como uma ameaça, aquilo que é diferente nos incomoda e nós não nos permitimos descanso até que tal coisa seja separada e isolada de nossas presenças, de nossas vidas.
A deficiência pode acontecer em situações como o nascimento (cegueira, surdez, paralisia cerebral, espinha bífida, síndrome de down entre outras) ou de acidentes que podem ocorrer em qualquer idade (a minha, a sua, de nossos filhos, irmãos, companheiros), podem ser de qualquer tipo (acidente automobilísticos, escorregar em um piso molhado e bater com a cabeça entre muitos outros), porém o impacto que isso tem na vida das pessoas portadoras de alguma deficiência, é marcado pela forma como são definidos ou tratados pela sociedade onde vivem, já que os padrões de beleza e de perfeição física podem diferir dentro das mesmas ou das diversas sociedades.
As crianças enquanto não são influenciadas pela sua sociedade, brincam, riem, se defendem, se divertem com outras crianças sem ver seus “defeitos”, porém com o passar dos anos quando incorporam e aprendem os padrões culturais de perfeição e de beleza é que começam a zombar dos seus “amiguinhos”. Os filmes de terror possuem seus personagens com algum tipo de deficiência, física como pés tortos, corcundas, algum tipo de desfiguração, ou fora do padrão de beleza ditado na atualidade. Os portadores de deficiência são definidos pelas suas limitações, uma das frases mais utilizadas e que se tornam conhecidas por eles desde cedo é “você não pode”. Não observamos o que eles podem fazer, o que podemos ajudá-los a aprender, a conseguir. Se formos observá-los como seres humanos completos, será mais correto afirmar que eles podem fazer mais do que são incapazes de realizar. Nossas limitações são definidas nos termos que os outros se referem a elas, principalmente os pais ou os cuidadores.
Para ajudarmos um portador de deficiência precisamos deixar que eles encontrem suas próprias maneiras de realizar as tarefas, e não as nossas. Devemos lembrar também que o mundo é uma eterna escola, sendo assim estas pessoas precisam conviver conosco em todos os ambientes, nas mais diversas situações, e precisamos ampará-los caso necessitem, como qualquer pessoa, pode precisar.
Quando nos deparamos com um portador de deficiência alcançam realizações, os consideramos incomuns, elogiamos, e supervalorizamos seus feitos, porque seu comportamento foi contra com a nossa limitada expectativa em relação a eles. Por outro lado, se exigem seu espaço, seus direitos, reagimos negativamente, sugerindo que eles não conhecem “seu lugar”, não são realistas, são ingratos por tudo que já lhes permitimos. Ou seja, sempre impomos os nossos padrões.
Os portadores de deficiência não são vistos como as outras pessoas e não possuem as mesmas oportunidades de auto-realização. Ao concordarmos que os portadores de deficiências são pessoas também, permitimos as mesmas oportunidades a todos, para que realizem seu verdadeiro eu. Para que isso ocorra, estas pessoas portadoras de deficiência precisam ter acesso a uma educação, dinâmica, voltada para a vida, conhecimentos mais pertinentes, idéias mais claras, alternativas mais viáveis. Precisam ser instruídos no uso de suas capacidades, para conhecerem sua realidade, através da sua própria exploração do mundo e das suas descobertas. Precisam saber e conhecer dos seus limites para que sempre busquem meios mais apropriados para irem além de seu eu presente, crescendo, aprendendo a cada dia mais. Precisam ter acesso à sensação de liberdade: liberdade de ser, tentar, crescer, sentir prazer, rir, e até mesmo chorar, sofrer e falhar. Não podemos fazer por eles, porém podemos ajudá-los a vencer a discriminação, somarmos nossos esforços para que eles tenham coragem e consigam abrir cada vez mais portas, e encontrem oportunidades para que se sintam realizados, tenham dignidade, respeito, educação, saúde, trabalho. Só assim nós como sociedade deixaremos de criar dentro de nós e externalizar o outro e taxá-lo como incapaz.
* Eidiclèa Regiane Gonçalves – CRP 08/12374, psicóloga, pós-graduanda em Psicologia Familiar pela Universidade Estadual de Maringá
Para ajudarmos um portador de deficiência precisamos deixar que eles encontrem suas próprias maneiras de realizar as tarefas, e não as nossas. Devemos lembrar também que o mundo é uma eterna escola, sendo assim estas pessoas precisam conviver conosco em todos os ambientes, nas mais diversas situações, e precisamos ampará-los caso necessitem, como qualquer pessoa, pode precisar.
Quando nos deparamos com um portador de deficiência alcançam realizações, os consideramos incomuns, elogiamos, e supervalorizamos seus feitos, porque seu comportamento foi contra com a nossa limitada expectativa em relação a eles. Por outro lado, se exigem seu espaço, seus direitos, reagimos negativamente, sugerindo que eles não conhecem “seu lugar”, não são realistas, são ingratos por tudo que já lhes permitimos. Ou seja, sempre impomos os nossos padrões.
Os portadores de deficiência não são vistos como as outras pessoas e não possuem as mesmas oportunidades de auto-realização. Ao concordarmos que os portadores de deficiências são pessoas também, permitimos as mesmas oportunidades a todos, para que realizem seu verdadeiro eu. Para que isso ocorra, estas pessoas portadoras de deficiência precisam ter acesso a uma educação, dinâmica, voltada para a vida, conhecimentos mais pertinentes, idéias mais claras, alternativas mais viáveis. Precisam ser instruídos no uso de suas capacidades, para conhecerem sua realidade, através da sua própria exploração do mundo e das suas descobertas. Precisam saber e conhecer dos seus limites para que sempre busquem meios mais apropriados para irem além de seu eu presente, crescendo, aprendendo a cada dia mais. Precisam ter acesso à sensação de liberdade: liberdade de ser, tentar, crescer, sentir prazer, rir, e até mesmo chorar, sofrer e falhar. Não podemos fazer por eles, porém podemos ajudá-los a vencer a discriminação, somarmos nossos esforços para que eles tenham coragem e consigam abrir cada vez mais portas, e encontrem oportunidades para que se sintam realizados, tenham dignidade, respeito, educação, saúde, trabalho. Só assim nós como sociedade deixaremos de criar dentro de nós e externalizar o outro e taxá-lo como incapaz.
* Eidiclèa Regiane Gonçalves – CRP 08/12374, psicóloga, pós-graduanda em Psicologia Familiar pela Universidade Estadual de Maringá
adorei essa materia! temos que acabar com toda forma de preconceito no mundo.parabens cleia.
ResponderExcluiralcione-recife-PE
Ediii, ameiii vc é muito sabia irma
ResponderExcluirparabéns beijosss
Preconceito - tô fora
ResponderExcluirMuito bom Eidicléa!
ResponderExcluirNossa gostei muitooooooooooooooo, parabéns precisamos de pessoas como vc... Pois é incrivel como as pessoas não conseguem perceber como ser deficiente não é ser diferente, são pessoas como qualquer um e muitas vezes são melhores do que muitos nesse mundo.... Super parabéns!!!!
ResponderExcluirParabéns Edcléia pela forma como desenvolveu o assunto, adimiro a forma como conseguiu externar cada ponto como que por um momento pudesse ter sentido realmente o que os deficientes sentem e passam. Da mesma forma que nossa sociedade se adapta à gostos fúteis e padrões impostos pelo mundo frio, porque não ADAPTAR o sistema urbano-social, educacional e psicológico saciando as NECESSIDADES existentes nos portadores de deficência? Abraço Cleinha.
ResponderExcluirAyla Penha - Secretária Executiva.
Fortaleza CE