Em 1965, correu a notícia, primeiro em Cuba e depois na imprensa mundial, que Che estava preso em um hospital. Semanas depois, novo boato: ele teria vendido segredos militares de Cuba e desertado. As falsas informações procuravam explicar um fato concreto: Guevara estava desaparecido. E permaneceria assim durante quase oito meses.
Na verdade, Che havia partido para a missão mais secreta da Revolução Cubana. Tão confidencial que só 25 anos depois – em 1990 – foi totalmente confirmada por Fidel Castro. O segredo guardado por tanto tempo era a participação de Guevara – e do governo cubano – na guerrilha na República Democrática do Congo (ex-colônia belga) entre abril e novembro daquele ano. Lá, Che e cerca de 70 cubanos voluntários, financiados por Cuba, juntaram-se ao grupo rebelde local. O objetivo era reinstituir o regime nacionalista de esquerda de Patrice Lumumba, morto em janeiro de 1961.
Os cubanos enfrentaram várias dificuldades, não conseguiam sequer compreender os dialetos locais. Quando perderam o apoio da Tanzânia, os congoleses desistiram da luta. Che anotou em seu diário: “Esta é a história de um fracasso”.
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