Por Xênia Bier*
Gente, de uns anos para cá venho observando o comportamento das crianças. Cada vez mais me surpreendo e me assusto. Muito já se falou disso: os pais não impõem limites porque são adeptos da modernidade do "psicologês", que até pouco tempo rezava a cartilha do "não frustrar a criança". Felizmente os psicólogos aboliram essa regra, pois perceberam que sem frustração ninguém amadurece emocionalmente.
Não vou repetir o que já foi dito, sobre as crianças, por profissionais capacitados - e outros nem tanto. Eles já apresentaram as teorias pelos meios de comunicação. Até vi e ouvi um humorista dar a própria definição. Disse ele: "Deus inventou as crianças para provar que o inferno existe" (Valha- me Deus!).
Como gosto de viajar no impossível, me pergunto: de onde vieram as crianças que chegaram à Terra a partir de alguns anos? Todas as culpas são atribuídas aos pais, à televisão, à escola e ao caramba a quatro... Eu não aceito!
Essas crianças com as quais convivemos são muito diferentes. Nada influencia essas almas velhas em corpo infantil. Não é possível que as mídias tenham tanto poder assim. Nada pode programar milhares de crianças com potencial de gênio em todo o mundo!
A inspiração para esta coluna foi a garota Klara Castanho, a Rafaela de Viver a Vida. Até o Juizado de Menores já mandou recado ao autor, Manoel Carlos: pegar leve com a personagem, considerada muito mal-educada e adulta. Um mau exemplo. E viva a hipocrisia! Rafaela é o espelho perfeito dessa estranha criança de hoje. Novamente, a pergunta que não quer calar: de onde elas vieram?
* Xênia é ex-apresentadora de televisão
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