quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Lá fora bela viola...por aqui, nem tanto

Por incrível que pareça isto é uma rua. E por mais incrível ainda, ela está localizada em Maringá, a cidade em que o prefeito diz ser a mais linda e bem cuidada do mundo. Pois bem! Esta é a rua Professor Yukio Saito, na Vila Morangueira. Está rua tem sido motivo de várias queixas junto ao poder público, pois virou um lixão a céu aberto. São sofás, pneus, restos de construção, árvores, bichos mortos e toda espécie de porcarias. A rede de televisão RPC já esteve no local por duas vezes cobrando do secretário municipal a promessa de asfaltar a rua, que segundo ele teriam as obras iniciadas em setembro deste ano. Como setembro passou e ninguém apareceu, os moradores se reuniram e chamaram de novo a televisão para cobrar mais uma vez a administração "cidadã". E acredite se quiser! A desculpa do secretário de Controle Urbano, senhor Walter Progiante, foi que o dinheiro não tinha sido liberado porque os bancos estavam em greve e ainda emendou que também por causa das eleições o problema não poderia ser solucionado naquela época. Isso foi no comecinho de outubro. Resumindo: a greve acabou faz tempo, as eleições já fazem parte do passado e a rua continua cada dia acumulando mais lixo. Hoje flagrei uma "senhora' jogando lixo no local e perguntei de onde ela era. Respondeu-me que era do Jardim Alvorada e aí tentei conscientizá-la de que não se pode jogar lixo assim na rua e a "madame" do mais fino trato, me mandou para aquele lugar e ainda me ameaçou. Tirei uma foto da fulana e aí está. E para quem critica dizendo que são os moradores de Sarandi que vem jogar lixo em Maringá, pode verificar que são habitantes daqui mesmo que emporcalham a cidade. Outro dia vi um carrão parar na Rua 28 de Junho e o motorista sem o menor pudor despejar vários sacos de lixo ali no Córrego Morangueiro. O que nos dá a certeza que educação ou falta dela não depende de classe social, depende antes de tudo de consciência, de cidadania, de preocupação com o semelhante.

Malu Pedarcini

1 comentários:

Carla,  25 de novembro de 2010 às 13:09  

É de fato lamentavel uma cena dessas, onde cidadões deveriam saber que seus direitos também passam a ser deveres... se cada um, independente de classe social, raça ou credo realizasse seu papel dentro da sociedade, cenas como essa; que alias não somente em Maringa ocorrem, no minimo não existiriam... o que não deixa de ser também uma questão cultural e educacional... mas ai é muita matéria a ser comentada e é melhor parar por aqui...

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