Em Busca do Tempo Perdido
Por Larissa Dardengo *
Passando o tempo dentro de uma livraria, atrás do próximo livro para ler, sem nenhum título a cabeça, eu vejo na prateleira o título “Um amor de Swann”, de Marcel Proust. Pelo autor e pelo título, comprei na hora, sem nunca ter ouvido falar nenhuma linha sequer a respeito do livro. Aliás, isso de comprar livro pelo título ou pela capa sempre dá certo comigo. Por não me sentir preparada para ler Proust, deixei o livro de lado muitos meses, até que resolvi arriscar. Foi amor nas primeiras linhas.
Sem dúvidas um dos livros que mais me fez vibrar com a história. Primeiro eu torci loucamente para que o romance desse certo, no meio eu já me doía toda de raiva e queria que aquilo tivesse logo um fim. Foi na empolgação total do “Um amor de Swann” que comprei o “Em busca do tempo perdido”, do mesmo autor.
Comprei porque soube que “Um amor de Swann” era na verdade a continuidade dessa “série”.
Vamos dizer que minha empolgação caiu para 5% nas 50 primeiras páginas. Abandonei o livro por vários e vários meses, conversei com amigos a respeito, alguns compartilhavam da mesma opinião outros diziam para eu tentar de novo por que “o livro é lindo”.
Depois de um período de remorso, voltei ao começo do livro e posso dizer hoje, depois de longos meses de leitura e absorção, que o livro é mesmo lindo.
Quando eu consegui entender a mistura de sentimentos do passado com os sentimentos do momento, foi fácil ler (ta mentira, não foi).
Em cada lembrança visitada pelo herói eu mesma me maravilhava com a capacidade humana de recordar o passado. Coisas muito simples que marcam a gente de forma tão profunda e que trazem a tona um turbilhão de lembranças e sensações. No caso do livro, um pedacinho de “Madeleine” mergulhado no chá. Eu ficava o tempo todo me forçando a lembrar de mais e mais coisas do meu passado, da minha infância. Como quando escrevi sobre o poder dos figos na minha vida e por diversas vezes lamentei não conseguir.
“Em Busca do tempo perdido”, faz a gente querer relembrar de tudo o que já nos aconteceu, principalmente durante nossa infância.
É um dos livros que quero guardar e reler, com calma e a mente limpa, para relembrar tudo o que eu puder.
*Larissa é jornalista em Vitória e blogueira como nós ( www.literaturapessoal.wordpress.com)
Passando o tempo dentro de uma livraria, atrás do próximo livro para ler, sem nenhum título a cabeça, eu vejo na prateleira o título “Um amor de Swann”, de Marcel Proust. Pelo autor e pelo título, comprei na hora, sem nunca ter ouvido falar nenhuma linha sequer a respeito do livro. Aliás, isso de comprar livro pelo título ou pela capa sempre dá certo comigo. Por não me sentir preparada para ler Proust, deixei o livro de lado muitos meses, até que resolvi arriscar. Foi amor nas primeiras linhas.
Sem dúvidas um dos livros que mais me fez vibrar com a história. Primeiro eu torci loucamente para que o romance desse certo, no meio eu já me doía toda de raiva e queria que aquilo tivesse logo um fim. Foi na empolgação total do “Um amor de Swann” que comprei o “Em busca do tempo perdido”, do mesmo autor.
Comprei porque soube que “Um amor de Swann” era na verdade a continuidade dessa “série”.
Vamos dizer que minha empolgação caiu para 5% nas 50 primeiras páginas. Abandonei o livro por vários e vários meses, conversei com amigos a respeito, alguns compartilhavam da mesma opinião outros diziam para eu tentar de novo por que “o livro é lindo”.
Depois de um período de remorso, voltei ao começo do livro e posso dizer hoje, depois de longos meses de leitura e absorção, que o livro é mesmo lindo.
Quando eu consegui entender a mistura de sentimentos do passado com os sentimentos do momento, foi fácil ler (ta mentira, não foi).
Em cada lembrança visitada pelo herói eu mesma me maravilhava com a capacidade humana de recordar o passado. Coisas muito simples que marcam a gente de forma tão profunda e que trazem a tona um turbilhão de lembranças e sensações. No caso do livro, um pedacinho de “Madeleine” mergulhado no chá. Eu ficava o tempo todo me forçando a lembrar de mais e mais coisas do meu passado, da minha infância. Como quando escrevi sobre o poder dos figos na minha vida e por diversas vezes lamentei não conseguir.
“Em Busca do tempo perdido”, faz a gente querer relembrar de tudo o que já nos aconteceu, principalmente durante nossa infância.
É um dos livros que quero guardar e reler, com calma e a mente limpa, para relembrar tudo o que eu puder.
*Larissa é jornalista em Vitória e blogueira como nós ( www.literaturapessoal.wordpress.com)
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