terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Fotógrafo Sorriso

Enquanto o Rolls-Royce presidencial atravessava a Esplanada dos Ministérios em Brasília, no dia da posse da presidente Dilma Rousseff, uma cena curiosa chamou a atenção daqueles que acompanhavam a solenidade de perto. De repente, Dilma tirou os olhos da multidão, mirou para o lado oposto da pista e sorriu para um fotógrafo solitário que estava com os olhos inundados de lágrimas. Não era apenas mais um brasileiro emocionado com a ascensão da primeira mulher à Presidência da República. Tratava-se de Edison Castêncio, um ex-flanelinha que foi retirado das ruas de Porto Alegre por Dilma e seu ex-marido Carlos Araújo, no início da década de 80. Órfão de pai e mãe, Castêncio tinha 24 anos e dormia sob viadutos e sobre os bancos da rodoviária da capital gaúcha quando Araújo e Dilma, então assessora da bancada do PDT no Estado, mudaram o seu destino. Os dois simpatizaram com Castêncio, que sempre perambulava em volta da Assembleia, de extremo bom humor, mesmo com toda a adversidade. O casal deu-lhe um emprego informal de office-boy no gabinete de Carlos Araújo, na época deputado estadual. “Eu passava fome, tinha dia que eu comia só pão com água. Devo tudo à Dilma”, diz ele, que passou a ser chamado de “Sorriso”.
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