sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Tudo a seu tempo

Por Dom Anuar Battisti

Nestes dias, vendo e ouvindo notícias sobre as trágicas ocorrências das enchentes e chuvas torrenciais, principalmente a perda de tanta gente, pessoas e famílias inteiras destruídas, desaparecidas, pergunto: o que fazer?
O que fazer diante de tantos lares sem lar, tantas famílias sem nada, nem mesmo os seus mais queridos? O que fazer quando as catástrofes naturais não marcam dia e nem hora e muito menos as consequências?
De nada adianta interpretações climáticas, culpar este ou aquele, ou dizer que são sinais do fim dos tempos quando menos responsabilizar o Deus Criador.
Ele fez tudo tão bom, "viu que tudo era muito bom". Situações semelhantes já ocorreram em outros lugares do planeta, com intensidades muito mais graves e consequências que levarão anos para ser remediadas. Não será o primeiro e nem o último fenômeno da natureza a nos assustar.
Humanos que somos, criados "para crescer, multiplicar e aperfeiçoar a terra" resta-nos retomar a missão que Deus nos deixou e não lamentar como alguém que manchou a branca toalha ao derramar uma taça de vinho tinto.
Lamentações, não. Solidariedade, sim. Sentir mesmo à distância a dor e o sofrimento alheio, participar com gestos concretos, dando o pouco que temos na ordem material, acompanhado da prece que brota da fé, é o que faz a diferença nestes momentos de tragédias.
É hora de somar na busca de gestos concretos para dar às vítimas, irmãos e irmãs brasileiros, que nesta hora necessitam de nosso gesto de amor.
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