Ideal de saúde
Uma campanha intitulada Fat Talk Free Week (algo como “Uma semana sem conversas sobre engordar”), propõe que as pessoas fiquem 7 dias sem falar sobre o assunto, evitando frases que endossem negativas sobre o próprio corpo e de outras pessoas. A campanha tem o apoio da The Academy for Eating Disorders, entidade mundial que reúne profissionais envolvidos com pesquisas sobre os transtornos alimentares, e do Proata (Programa de Orientação e Apoio aos Pacientes com Transtornos Alimentares) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
“É comum ouvir grupos de mulheres adotando uma fala depreciativa sobre o próprio corpo, sempre se comparando com modelos de beleza que todos sabemos não ser real”, afirma Liliane Kijner Kern, psiquiatra e terapeuta de família e casal ligada ao Proata. “Isso é quase um mantra que puxa a autoestima para baixo, dia após dia”, diz.
A campanha, afirma a especialista, é uma tentativa de conscientização da sociedade para que as pessoas reavaliem seus atos, deixando de focar apenas a busca de um corpo que seja associado a um modelo estético. A Fat Talk Free Week propõe que as pessoas busquem por um ideal de saúde – e que é diferente para cada tipo de mulher – o que requer que as pessoas cuidem do próprio corpo (e não fiquem mais magras).
“É possível alcançar um ideal de saúde quando nós melhoramos nossa saúde corpórea, mental e nossa qualidade de vida”, diz Kern. Isso pode trazer melhoras não só na pessoa, mas no círculo de convivência e na família.
A psiquiatra observa que a aversão ao próprio corpo pode levar as mulheres a buscarem métodos que muitas vezes são extremamente agressivos. “Dietas restritivas, exercício em excesso – muitas vezes feitos como obrigação, sem nenhum prazer – tudo isso é uma violência contra o corpo”, diz.
Fonte: Portal UOL
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