Heródoto Barbeiro: competência e credibilidade
Foto: reprodução
Posso falar com toda a tranquilidade de Heródoto Barbeiro, pois tive o privilégio de ser sua aluna por dois anos. Adorava as suas aulas de História, leves e recheadas de bom humor.Quando fui sua aluna ele ainda não exercia o jornalismo, embora acredite que ele deva ter nascido jornalista, pois já naquela época, lá pelo final dos anos 70, sua visão de mundo já demonstrava que ele seria um profissional de primeira linha.
Heródoto é daqueles jornalistas que possuem conhecimento, conteúdo crítico e credibilidade.
Sua maior característica é fazer um jornalismo bem humorado e sobre isso diz: “Não sei quem foi que disse que só há jornalismo de cara feia; que não se pode dar risada. Alguém inventou isso e começamos a repetir: “o humor se contrapõe à credibilidade.” Tanto na rádio quanto na televisão, estamos tentando quebrar esse paradigma. Não se trata de fazer galhofa com o que é sério. A questão é que o humor faz parte da transmissão. Quando você dá uma notícia bem-humorado, atinge o cara duas vezes: racionalmente e emocionalmente.”
Heródoto afirma que ter feito o curso de História lhe deu possibilidade de desenvolver o jornalismo além de apenas nomes, datas e locais. Diz que não consegue construir uma notícia de reflexão usando apenas isso e que é preciso ter algum raciocínio sociológico. E a História lhe deu isso.
Sobre a obrigatoriedade do diploma de Jornalismo é categórico. É contra, e argumenta “Posso ser um beócio, mas, se tenho um diploma, tenho o emprego.” E arremata, “A escola deveria valer pelo conteúdo, não pela burocracia.”
Defensor da liberdade de expressão diz que todos devem tê-la garantida, só que não se pode colocar uma calúnia no ar, atingir moralmente alguém e não responder por isso.
Altamente profissional, respeitado e admirado, tem uma rotina de trabalho pesada. Acorda muito cedo e vai dormir de madrugada. Sobre a profissão conclui que não dá para fazer jornalismo sozinho. Diz que atrás do seu sucesso tem toda uma equipe que lhe dá suporte e faz com que as notícias cheguem atualizadas para os seus telespectadores e ouvintes.
Malu Pedarcini
OBS.: texto desenvolvido com informações de entrevista concedida pelo jornalista a revista Almanaque Brasil.
1 comentários:
Lembro dele também dos tempos que acordava ao som de Zé Betio! Depois tinha o noticiário.. e achava o nome dele lindo (ó minha cabeça doida!, assim, sem que percebêssemos, papai e mamãe nos faziam "por dentro da noticia", sabe Santi e Malu.. acho que essas coisas entravam no nosso subconsciente, por isso somos pensantes, encrenqueiros, falantes... rs
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