O Mapa da Violência 2010 – Anatomia dos Homicídios no Brasil, do Instituto Sangari, mostra que a taxa de homicídios apresentou uma queda. Passou de 25,4 por 100 mil habitantes para 25,2. A queda foi maior nas capitais do País, onde as ocorrências passaram de 45,7 homicídios a cada 100 mil habitantes para 1997 para 36,6 em 2007. Porém no interior, ocorreu o inverso. A taxa de homicídios cresceu de 13,5 em 1997 para 18,5 por 100 mil habitantes em 2007. O estudo detectou que, desde 1980, a violência continua crescendo entre os jovens. Se a cada 100 mil jovens entre 15 e 24 anos, 30 morriam por homicídio em 1980, o número saltou para 50,1 em 2007. Desses, mais de 90% eram homens. No Paraná, os municípios que apresentam maior taxa de homicídios são Foz do Iguaçu (106,8), Cascavel (39,7), Londrina (33,1) e Maringá (11,5). Na Região Metropolitana de Maringá, de 1998 a 2007, houve 564 ocorrências de homicídio, dos quais, 288 em Maringá e 155 em Sarandi.
Esses e outros dados sobre violência urbana estão em debate na Universidade Estadual de Maringá, de hoje (26) a sexta-feira, no bloco B-33 (PDE). As atividades começam hoje às 14 horas, mas a solenidade de abertura será nesta quarta-feira (27), às 20 horas, seguida da conferência Violência, Segurança Pública e Território, a ser proferida por José Ignácio Cano Gestoso.
O II Seminário de Violência Urbana traz pesquisadores renomados para debater violência urbana nas áreas metropolitanas brasileiras. O coordenador nacional do Observatório das Metrópoles e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Luiz César Queiroz Ribeiro, falará sobre A Problemática Metropolitana no Brasil e a sua Relação com a Violência Urbana, na quinta-feira (28), a partir 8h30. Serão debatidas ainda as possíveis repercussões da organização social do território e criminalidade violenta nas áreas metropolitanas brasileiras com a realização da Copa 2014.
O evento está sendo realizado juntamente com o II Seminário dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Sociais e em Políticas Públicas da UEM, durante o qual, são apresentadas as dissertações em desenvolvimento. Mais informações pelo telefone (44) 3011-4287 ou site
www.cch.uem.br/observatorio.
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