Treva cultural
Uma sala em que normalmente cabem de 250 a 300 expectadores, com apenas oito pessoas. Foi exatamente isso que aconteceu ontem comigo em um cinema da cidade, eu e mais sete “privilegiados” tivemos praticamente uma sessão privê. Vendo o mitológico e fantasioso “Fúria de Titãs”, entre cavalos alados (Pégasus) e mulher que faz homens virarem pedra (Medusa) eu fiquei pensando. Seria falta de divulgação? Talvez! Mas o fato é que na penumbra do cinema, descobri-me junto à escuridão cultural, que se faz presente entre nós. Mas Maringá não foge da média nacional, que segundo dados do Ministério da Cultura, mostra que apenas 13% da população brasileira têm o saudável hábito de frequentar os cinemas. Na minha modesta e despretensiosa opinião, isso poderia mudar sensivelmente, se os professores da rede pública e privada motivassem seus alunos a assistirem determinados filmes, principalmente os nacionais. Se nada for feito nesse sentido, eu não vejo uma luz no fim do túnel que possa acabar com essa escuridão cultural por qual a gente passa. Uma atitude, por menor que seja, seria um holofote na treva cultural que estamos mergulhados.
Antonio Santiago



1 comentários:
Como sempre, voce foi perfeito
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