terça-feira, 27 de julho de 2010

Em busca do texto perdido

Depois de algum tempo inativo, resolvi escrever uma crônica. Concentro-me. Silêncio absoluto, concentração total e nada. Disfarço a falta de talento folheando as páginas de um livro, na esperança de produzir um texto maravilhoso, sublime. São 23h, segunda-feira estou me aproximando perigosamente dos 60 e necas da tal inspiração chegar. Quintana, Drummond, Veríssimo, Cecília Meirelles, os Fernandos (Pessoa e Sabino) e tantos outros igualmente especiais povoam os meus pensamentos, vagueiam pelo meu cérebro e me trazem o que há de melhor em minhas lembranças. Mas, definitivamente, hoje não é o meu dia. Rendo-me. Desisto de escrever e vou procurar ler um bom texto. Daqueles que conseguem penetrar almas e corações, com delicadeza e lirismo. Daqueles que provocam arrepios, e que às vezes é impossível conter lágrimas de emoção. Daqueles que só a inquieta Clarice Lispector conseguiu escrever.

Antonio Santiago

2 comentários:

Carla,  28 de julho de 2010 às 10:29  

Não se preocupe, pois em breve sua inspiração virá do profundo amago de sua alma e enquanto isso viva, ame e tenha a certeza que algo novo irá criar e não perderá nunca o encanto, a beleza, a inspiração e a poesia contida em seus sentimentos de sua alma, coração e amor que vão além de articular sílabas e moldar as palavras como sempre fez, faz e fará tão bem...

janazorek 29 de julho de 2010 às 18:36  

Liga não meu irmão eu tenho passado por isso já um bocado de tempo...As vezes alem do que você já descreveu me invade uma saudade tão doída que lágrimas escorem pelo rosto...Pior que depois que passa não acho o motivo disso tudo ou quem sabe a alma esconde esse motivo...

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