Salvo-conduto
Dá um certo trabalho, mas tirar passaporte é uma atividade muito comum. Todos os dias, só no Brasil, são emitidos 5 mil documentos que autorizam pessoas a viajar para o exterior. Nem sempre foi assim. Embora documentos para viajar, chamados de salvo-condutos, existam há tempos, na Antiguidade era preciso autorização de soberanos para conseguir um. Um dos primeiros registros dessa prática está na Bíblia, no Livro de Neemias. No texto, datado de cerca de 450 a.C., Neemias pede ao rei persa Artaxerxes I cartas de apresentação que lhe dessem segurança para ir até Judá. Já na Roma antiga, só quem estava em missão oficial recebia o documento. E entrar no império também era difícil. “Pessoas de fora só eram admitidas se justificassem a vinda e passassem por uma vistoria dos soldados”, diz o historiador Pedro Paulo Funari, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
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