terça-feira, 8 de setembro de 2009

Mestre Pixinguinha

Chico e Francis Hime não abriam mão dele, como tão bem traduziram na música Trocando em Miúdos cujos versos dizem assim “Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim? O resto é seu”. Tinha um nome pomposo, Al­fre­do da Ro­cha Vianna Filho, mas para a avó africana era “Pizindim” – que quer dizer “menino bom”, em dialeto africano. Dos amigos da rua ganhou o apelido de Bexiguinha por causa das marcas da varíola que trazia no rosto. Com o tempo virou Pixinguinha e ainda garoto, com 14 anos, compôs seu primeiro chorinho. Aos vinte já era conhecido por toda a cidade. Seus improvisos de flauta eram sensacionais e o levaram para Paris, mas não aguentou muito tempo por lá não. Teria comentado com os amigos “Eu vim me embora, estava com saudades dos amigos. Lá não existiam essas festas ín­ti­mas, em nossas casas”. Em 1937 gravou talvez a música mais linda da discografia brasileira, “Carinhoso”. Composta em 1917, só mais tarde ganhou de João de Barro, a belíssima letra, como a conhecemos hoje. Passados 72 anos, "Carinhoso"continua tão atual como quando foi composta no século passado.

Malu Pedarcini

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