Heroi eterno
A minha infância, e de toda a minha geração foi povoada por gnomos, duendes, sacis, fada, bruxas, reis, rainhas e herois. Eu estava no ginásio ainda quando na biblioteca do colégio fui a apresentado a um deles, o lendário Robin Hood, que norteou a minha opção ideológica. Eu me sentia um morador da floresta de Sherwood, me sentia parte integrante do bando, parceiro de Frei Tuck e Litle John, tirando dos ricos e distribuindo aos pobres, sempre zombando do xerife de Nothinghan, pau mandado do rei, um verdadeiro tirano. O tempo passou, eu cresci, mas nunca me esqueci do Robin e da Mariam, a mocinha da lenda. Vi muitas versões do mito no cinema assisti a todos que pude e tive conhecimento e na semana passada fui ver a mais recente. E fiquei encantado, o talentoso Ridley Scott (Allien), sem precisar apelar para os efeitos especiais do enganador James Cameron, nos conta como tudo começou, como nasceu a lenda. Com um roteiro impecável, o diretor faz uma crítica velada ao capitalismo e a tirania. Por quase duas horas, me vi na sala de uma biblioteca, nos longínquos anos 60, quando conheci e fiquei fascinado com o ladrão mais romântico de que o mundo teve notícia. Quem ainda não viu, ainda dá tempo, pois o filme está em cartaz em quase todos os cinemas da cidade.
Antonio Santiago



2 comentários:
Vi e gostei, uma ótima diversão e o Robin um gato..kkk
Eu nasci nos anos 60 e também fiz parte dessa geração. Eu ainda acredito nos contos de fada e ainda visito a terra da magia da minha infância, mas já não existem mais heróis como antigamente. O meu herói mudou, ainda assim é um herói muito além panos e lendas. A frase se você não existisse teria que ser inventado se aplica muito bem ao meu herói. Eu só tenho que agradecer a Deus por ele existir.
Mil e muitos beijos.
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