terça-feira, 9 de agosto de 2011

Histórias do futebol

Marcas registradas de Fio Maravilha, ídolo do Flamengo na década de 1970: os dentes salientes, pouca técnica e muito carisma. Em jogo contra o Benfica, no Maracanã, estava na reserva. A torcida gritou por seu nome e ele entrou no segundo tempo. Aos 33 minutos, marcou o gol que deu a vitória ao rubro-negro. No estádio, estava Jorge Ben, que descreveu em versos a jogada:

"Tabelou, driblou dois zagueiros / Deu um toque, driblou o goleiro / Só não entrou com bola e tudo porque teve humildade."

Defendida por Maria Alcina, a música ganhou o Festival Internacional da Canção de 1972 e virou clássico da MPB. Fio conta que, anos depois, quando jogava no Vitória do Espírito Santo, ouviu a conversa de duas senhoras: "Tá vendo esse cara? É o tal jogador mau-caráter que processou o Jorge Ben".
Foi assim que ficou sabendo da ação que seu advogado moveu, por conta própria, contra o compositor. Jorge, magoado, passou a cantar "Filho Maravilha"; Fio ficou com fama de oportunista. Em entrevista à TV Globo em 2007, explicou o mal-entendido e autorizou Jorge a cantar a música com a letra original. O mineiro de Conselheiro Pena mora nos Estados Unidos desde 1978, onde passou a jogar em times semi-profissionais.
Aos 63 anos, trabalha como entregador de pizzas em San Francisco, na Califórnia. Prefere a profissão atual, que considera menos estressante. Não pretende voltar para o Brasil. É fã de beisebol e futebol americano.

Fonte: Revista Almanaque Brasil

0 comentários:

  © GAZETA MARINGAENSE O PORTA-VOZ DA COMUNIDADE. template Configurado por Carlos Jota Silva 2010

Voltar ao TOPO