Tolice
Por Gilberto Dimenstein
A proposta aprovada na Câmara dos Vereadores paulistana de criação do Dia do Orgulho Heterossexual, em nome da defesa da "moral e dos bons costumes", é mais um preconceito do que simplesmente uma tolice. E ainda existe quem defenda esse tipo de bobagem. Se tivessem aprovado o Dia do Orgulho dos Corintianos teria a mesma relevância cívica.
Pessoas preconceituosas e atrasadas não sabem conviver com a diferença. Assim, não percebem o que significa, no cotidiano, ser minoria e discriminado. Daí a necessidade de ir contra a corrente e valorizar o direito de ser diferente os judeus, mulheres, nordestinos, islâmicos, negros, portadores de deficiência, evangélicos, católicos, quando são, em determinadas sociedades, minorias e discriminados.
Heterossexual não tem problema de autoestima ou de perseguição.
Tolices desse tipo, patrocinadas por um político que se diz evangélico, apenas reforçam a imagem de intolerância de lideranças evangélicas.
Parece até ironia falar em defesa da moral e dos bons costumes na Câmara dos Vereadores.
O jornalista Gilberto Dimenstein foi muito feliz na sua colocação. Realmente, esse tipo de proposição é uma verdadeira tolice. Serve apenas para mostrar o preconceito velado ou se traduz em demagogia barata.
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