Anistia para Paulo Freire
Paulo Freire, o educador respeitado no mundo inteiro, falecido em 1997, foi anistiado hoje pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Seu crime: identificar na alfabetização um processo de libertação dos oprimidos
De acordo com o Ministério da Justiça, o método pedagógico de Freire, criado a partir de uma experiência em Angicos (RN), em 1963, quando 300 trabalhadores foram alfabetizados em 45 dias, seria levado a todo o país no ano seguinte com o Programa Nacional de Alfabetização. Contudo, o projeto foi cancelado com a instalação do regime militar.
A ditadura aposentou compulsoriamente o educador da cadeira de professor de História e Filosofia da Universidade Federal de Pernambuco. Freire ainda foi preso por 70 dias em Olinda (PE) e, depois, exilado.
Contudo, ele continuou desenvolvendo programas de educação no Chile, onde escreveu uma de suas principais obras: Pedagogia do Oprimido. O educador retornou ao Brasil somente 16 anos após o exílio.
Embora tardiamente, a justiça foi feita.
0 comentários:
Postar um comentário