terça-feira, 22 de setembro de 2009

Roda viva

Ela era delicada, feminina, culta, meiga. Ele nem tanto. Bastaram algumas palavras trocadas e ele percebeu que estava se envolvendo, ou melhor, estava completamente envolvido, “cazuzamente” falando, jogado aos seus pés. Conversavam sobre tudo e todos. Ela tinha um gosto musical refinado, ele tentava. No quesito cinema empatavam, e na literatura ele levava uma vantagem quase que imperceptível. As coisas caminhavam bem entre eles até que ela mudou de estação, saiu do ar. Ele ficou baqueado, cambaleou, quase caiu. Mas como tinha que ser, reagiu, se recompôs e assim caminha a humanidade.

Antonio Santiago

2 comentários:

Eliane,  22 de setembro de 2009 às 19:24  

Isso me parece uma paixão "recolhida". Estou errada?

Anônimo,  24 de setembro de 2009 às 13:09  

Coraçãozinho do Santi está precisando urgentemente de alguém...rsrsrs

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