sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Histórias do Rei

Por Celso Unzelte*

A história a seguir já causou muita polêmica. Tem gente, entre eles o respeitabilíssimo jornalista Sérgio Cabral, que jura que Pelé jamais diria tal coisa. A ela, acrescento a minha versão, a partir de uma entrevista que fiz com o próprio Rei do Futebol.
Vasco e Santos jogavam no Maracanã, pelo falecido Torneio Rio-São Paulo, em 1963. Diz a lenda que a dupla de área vascaína era formada pelos truculentos Brito e Fontana. Fontana, na verdade, não jogou. Naquele dia, o parceiro de Brito era Joel.
A lenda também diz, e isso é verdade, que até faltarem dois minutos para o final o jogo estava 2 a 0 para o Vasco. Isso fez a dupla de zaga vascaína, formada por Brito e seja lá quem for, criar coragem para tirar um sarro do Rei.
“Ué, fulano”, teria perguntado um dos zagueiros ao outro, em alto e bom som, justamente para Pelé ouvir. “O Rei não veio hoje?” “Acho que não”, respondeu o outro zagueiro, dando sequência à provocação. “Mas não disseram que tinha um Rei jogando por aí?”
Então, quando faltavam dois minutos, Pelé marcou um gol. E logo em seguida, quando só faltava um minuto, Pelé marcou outro, empatando a partida — e isso NÃO é lenda. Pode ser comprovado na ficha técnica daquele jogo de 16 de fevereiro de 1963. Pelé, então, teria ido buscar a bola no fundo do gol vascaíno para entregá-la nas mãos de um dos zagueirões desaforados e dito em seguida: “Toma, manda pra tua mãe. Diz que foi o Rei que mandou”.
Como já escrevi acima, tive a oportunidade de perguntar tudo isso a Pelé, pessoalmente, durante uma entrevista. Ele deu muita risada e respondeu: “Eu só não falei essa parte sobre a mãe do cara...”

*Celso é colunista esportivo

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