domingo, 7 de fevereiro de 2010

Sétima arte

De volta aos monótonos e enfadonhos domingos, a solução é a matinê em casa. Hoje revi um dos filmes sérios de Steven Spielberg, “A Cor Púrpura” (The color purple), dirigido com maestria. A história se passa no começo do século XX na Geórgia e marca a estreia da excelente Whoopi Goldberg, no papel de Celie, uma jovem de apenas 14 anos de idade que foi violentada pelo pai e se torna mãe de duas crianças. A partir daí a trajetória de Celie é cheia de dor, pois além de ser separada dos seus filhos e de sua irmã, ela é entregue a um homem "Mister" (Danny Glover), e passa a viver como sua companheira sofrendo toda sorte de maus tratos. Para amenizar sua solidão e tristeza Celie começa a escrever cartas, primeiro para Deus e posteriormente para a irmã Nettie (Akosua Busia), missionária na África. O filme conta com atuações intensas e mostra de forma emocionante a luta de uma jovem mulher que não desiste de viver, mesmo tendo sofrido grandes traumas.
O roteiro é impecável e a fotografia é perfeita. Uma recomendação aos machões que acham que homem não deve chorar: assistam sozinhos, pois as lágrimas são inevitáveis.

Antonio Santiago

3 comentários:

Anônimo,  7 de fevereiro de 2010 às 19:26  

Para acrescentar, o filme é baseado no romance de Alice Walker, escritora feminista.
A pergunta que faço aos homens que acreditam em relações de ternura, quais são os sentimentos que brotam em seus corpos, além das lágrimas?

Muitos são os estupros ainda hoje...Que mundo é esse ainda onde é legado ao homem o direito de violentar? E as mulheres que poderiam fazer a diferença continuam a reproduzir essa cultura machista, androcêntrica e patriarcal...

Para a maioria dos corpos de mulheres é muito, muito dolorido, consequentemnete leva a uma experiência vivida...

"Os animais do mundo existem para seus próprios propósitos. Não foram feitos para os seres humanos, do mesmo modo que os negros não foram feitos para os brancos, nem as mulheres para os homens."

Anônimo,  7 de fevereiro de 2010 às 19:54  

"Deus dos sem deuses
deus do céu sem Deus
Deus dos ateus
Rogo a ti cem vezes
Responde quem és?

Serás Deus ou Deusa?
Que sexo terás?
Mostra teu dedo, tua língua, tua face
Deus dos sem deuses"

MARIACRISTINA,  7 de fevereiro de 2010 às 21:02  

Assisti esse filme ainda jovem...( não faz muito tempo)...Nunca me esqueci das cenas de violência moral, emocional e física que passou a protagonista da história...( ainda hoje fatos como esses acontecem todos os dias no mundo todo...uma lástima).
Por fim... surge o reconhecimento a si mesmo enquanto pessoa....e o poder da força do pensamento, levando a queda de “Ritler”.....
Um ótimo filme sem dúvida...Um aprendizado....E o choro com certeza... é, INEVITÁVEL....

Um abraço!

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