sábado, 20 de fevereiro de 2010

Sócrates Brasileiro, o doutor da bola

Por Ana Miadaira*

Ele tinha tudo para não ser esportista. Fumava, bebia, não suportava concentração, fazia medicina, curso ab­sor­ven­te. O porte físico incomum lhe dava aspecto de­sen­gon­ça­do. Pé pequeno (41) para a altura (1,91m) di­fi­cul­ta­va giros rá­pi­dos. Mas dizem que foi responsável por sua marca re­gis­tra­da, o toque de calcanhar. Pelé disse: “Ele joga melhor de costas do que a maioria de frente.”
Apelidado de Doutor ou Magrão, o paraense Sócrates im­pu­nha respeito, compensava o físico frágil com futebol in­te­li­gen­te e passes precisos.
Nascido em 19 de fevereiro de 1954, em Belém, Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira começa a car­rei­ra no Botafogo de Ribeirão Preto (SP), em 1973, onde marca o primeiro gol profissional. Em 1978, transfere-se para o Corinthians, time que o consagra e onde passa a atuar politicamente. Participa, em 1981, da criação da De­mo­cra­cia Corintiana: todos tinham direito a voto e to­ma­vam as decisões de acordo com a maioria.
Durante os 16 anos de carreira, defendeu a Seleção em duas copas, teve breves passagens pelo Fiorentina, da Itá­lia, Fla­men­go e Santos. A sorte não o ajudou a ser cam­peão do mundo, mas a história vai registrar que Sócrates foi um dos maiores jogadores de seu tempo.

*Ana Miadaira é jornalista

1 comentários:

Paulão,  20 de fevereiro de 2010 às 20:07  

Esse jogava muito e bebia muito também.

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