domingo, 14 de agosto de 2011

Tributo a meu pai

Todo filho acha que seu pai é um herói e ele nem precisa ter superpoderes para isso. O meu pai era assim, doce, compreensivo, amigo, protetor.
Tinha pouco estudo, mas era um sábio. Éramos muito pobres e os poucos presentes que ganhei na vida foram livros. Lembro-me que no dia que fiz nove anos, ganhei dele uma coleção inteira com 12 livros de histórias. Foi um dos dias mais felizes da minha vida e também da dele, pois sabia como eu amava os livros. Acho que ele ficou um tempão juntando dinheiro para me dar aquele presente e talvez por isso, passado tantos anos, aqueles livros infantis são como uma relíquia para mim e estão em um lugar de destaque na minha estante.
Meu pai era uma pessoa simples, humilde e, no entanto tão grande de caráter, de generosidade e de amor pelos filhos.
Ele foi embora cedo, eu era uma menina quando ele partiu, mas sua imagem e seus ensinamentos estão guardados para sempre dentro do meu coração.
Um dia vamos nos encontrar novamente e sei que vai ser um encontro de alegria, de fortes emoções, como deve ser sempre o relacionamento entre pai e filha.
Obrigada pai por ter me mostrado o caminho, por ter moldado minha personalidade, por me fazer forte e ter sempre acreditado em mim.

Malu Pedarcini

2 comentários:

LOYRA*SP 14 de agosto de 2011 às 23:20  

É minha querida, mais coisas em comum! Meu papai também se desdobrava, mas nós, na nossa cabecinha de vento, achávamos que as coleções de capa dura colorida de contos, histórias e fantasias caiam do céu. Só Deus sabe o esforço que ele fazia para termos o mínimo de educação.
Que Deus nos permita um dia o reencontro, né?
Vou parar, senão eu choro! risos.

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