terça-feira, 30 de março de 2010

Um dia qualquer

O ponto de ônibus está cheio de gente, todos à espera do coletivo que está demorando mais do que de costume. A chuva cai insistentemente e transmite a sensação de tristeza, de abandono.
Os pingos chocam-se violentamente contra as vidraças das casas vizinhas. Aguardando na calçada, só com a proteção de negros guarda-chuvas e sombrinhas multicoloridas, as pessoas continuam na espera do ônibus.
De repente, ele surge e para no ponto. As pessoas são engolidas por ele. Parte tal qual chegou, deixando atrás de si a rua vazia, abandonada, sob o domínio dos pingos d’água que continuam a cair indiferentes. Parecem cristais vulneráveis que se desmancham em contato com o chão.

Malu Pedarcini

4 comentários:

Èrica,  30 de março de 2010 às 20:30  

É uma competição entre vc e a Malu?

Érica,  30 de março de 2010 às 20:51  

Vc e o Santiago, desculpe Malu

MARIA CRISTINA,  30 de março de 2010 às 21:43  

Conheço bem essa história...se conheço... Mas, nunca a vi contada em tom poético....Meus olhos não alcançaram as cores da sensibildade...As cores de um dia de chuva, em uma parada de õnibus qualquer....
Deu até saudades....

Um abraço!

MARIA CRISTINA,  30 de março de 2010 às 22:25  

"ônibus"...Desculpe...

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