Biblioteca
Adoro ler biografias, principalmente se estas são de alguém que consegue transmitir suas experiências de vida de uma forma poética e estimulante. Nefatli Ricardo Reyes Basoalto é um deles. Você não sabe quem é? Sabe sim! Ele é conhecido mundialmente e é um dos maiores poetas da América Latina. Ficou mais fácil agora não é? É ele mesmo, o chileno Pablo Neruda. Mas não falarei dele hoje não. Posteriormente voltarei a falar desse poeta de grande expressão latina e um grande libertário. Hoje, vou falar do seu livro "Confesso que Vivi", memórias escritas por ele e que já li e reli infinitas vezes. O seu único livro em prosa retrata a sua vida, desde a infância nos bosques chilenos, na cidadezinha de Temuco, onde a chuva era companheira do menino tímido, até o fim da vida, já triste e em desalento após ver a democracia do seu país ruir e o ditador Pinochet passar feito um trator sobre os que ousavam contestar.
O livro é um relato histórico da sua estreia no mundo das letras, das suas atividades políticas, sempre defendendo a liberdade, dos livros que ganhou da dama chilena da poesia, Gabriela Mistral, das suas amizades com grandes nomes da literatura como Federico Garcia Lorca, Miguel Hernandez, Jorge Amado e tantos outros.
Conta suas inúmeras viagens pelo mundo e por países como China, Índia, União Soviética, Espanha, França, México, Brasil e muitos mais.
Relata seu amor pelo mar, que era infinito e seu último lar, a casa de Isla Negra, hoje transformada em museu, onde colecionava milhares de conchas e viveu os últimos anos ao lado de Matilde, seu grande amor.
Uma vida memorável, impregnada de paixão. Pura poesia, como toda a obra do poeta. Leitura obrigatória para quem aprecia um bom livro.
Malu Pedarcini
5 comentários:
Boa dica, Malu
O problemas de ser culto, é que é muito caro..e ainda não existe "livro pirata"
Os livros do Tolstoi são bons, Malu?
Carlos, sobre os livros do escritor russo Leon Tolstoi, li "Guerra e Paz" há muito tempo atrás e posteriormente "Ana Karênina". O primeiro deve ter mais de mil páginas, pois são dois volumes e trata da aristocracia russa do século XIX e da invasão de Napoleão Bonaparte. Tem passagens reais e fictícias e para quem gosta de história, é um livro bem interessante. Quanto a "Ana Karênina", já é mais leve, pois é um romance. É a história de uma mulher casada que tem praticamente tudo, porém sente-se solitária e vazia. A partir do momento que arranja um amante sua vida adquire outro sentido. O livro já teve 3 versões para o cinema. Inclusive já passou na Globo, mas o livro é muito mais rico que o filme.
Obrigada por acompanhar o blog,
MALU
Pulsa nessa resenha a mesma melodia que o mar que o poeta tanto amou entoa, tão vibrante e tão sutil. Tanta veemência convivendo com um rio de palavras doces. Fico feliz em saber que você vai falar mais, desse homem que viveu a vida com tanta poesia e com tanta dor pelas injustiças sociais. Que ao receber o premio Nobel de literatura dedicou a todos os chilenos e no seu enterro poucos puderem comparecer para chorar sua morte por conta das perseguições políticas que ele sofria. Pablo Neruda! Presente! Agora sempre!
Parabéns!
Postar um comentário