Dia Internacional da Mulher

Desde os tempos imemoriais que as mulheres são tratadas como mercadoria de menor valor. Ainda hoje, nascer mulher, em alguns países se revela muito difícil. Em alguns lugares do mundo chega a ser um estigma. Mas, a mulher, apesar da aparente fragilidade, sempre buscou seu lugar ao sol. Às vezes encontro mulheres que dizem que gostariam de ter nascido homens. Acho esquisito alguém manifestar esse desejo, talvez por eu ter tido a sorte de nascer em uma família em que as mulheres sempre tiveram preponderância nas decisões. Josephina, minha bisavó materna, saiu da Itália com 18 anos e veio para o Brasil sozinha. Casou, teve cinco filhos, enviuvou, casou novamente, teve mais um filho e tornou a enviuvar e criou os filhos sozinha.
Minha avó paterna Carolina foi abandonada pelo meu avô em uma época que não se admitia que mulher fosse separada, mesmo que o sem vergonha fosse o marido. Ela criou os três filhos sozinha e trabalhou até a morte, aos 89 anos.
Minha mãe, outra guerreira, criou seis filhos e ainda trabalhava e nunca dependeu de meu pai. Com tantos exemplos, eu tinha que gostar de ser mulher. Amo essa condição feminina que nos faz entender as sutilezas da alma, que nos mostra frágeis, embora sejamos uma fortaleza quando se faz necessário.
Às vezes mulheres, às vezes meninas, mães, mágicas, maravilhosas. Ser mulher é tudo de bom. E ser mulher amada, realizada e independente é ter a certeza que tudo é possível. Basta acreditar. E plagiando a poeta diria que:
“Hoje eu quero a rosa mais linda que houver. E a primeira estrela que vier. Para enfeitar a noite do meu bem”.
E também a noite e o dia de todas nós mulheres.

Malu Pedarcini