sábado, 6 de março de 2010

Vale a pena – Viva!

Por Rodrigo Vizzotto*

Hoje, diante desta voracidade de informações disponíveis, de perspectivas de terceiros em relação a nós, da nossa em relação a nós mesmos, diante da necessidade de sobreviver, perde-se o sentido da vida, ou do que se espera dela.
Em alguns momentos esta se apresenta de tal forma que exige reflexão. Indagação do que efetivamente é buscado, do que efetivamente se deve atribuir valor.
Depois de alguns anos nesta perseguição interna aos meus valores, ao meu valor, ao que realmente desejo, as respostas foram exigidas por mim e por quem me ama, sob a luz de um interrogatório que não termina ao final da confissão (minha própria consciência!). Cheguei a conclusão de que não valeria a pena. Não me refiro a deixar de existir, mas não valeria a pena deixar de buscar o que me motiva.
Escolhas são o caminho!!! É necessário tomá-las. Contudo, fui inseguro, somos inseguros. Podemos mudar, mas não acreditamos nisso. É necessário primeiro chegar à conclusão de que somos demais preciosos para nos desperdiçarmos buscando ser quem não somos, não podemos, nem queremos ser.
Por vezes assumimos esse papel, somos quem não queremos, estamos onde não desejamos, nos perdemos! Busque ai dentro, fazemos isso. Por amor, sim!! Por conveniência, sim!! Por medo, sim também. Sempre acreditei que a felicidade é possível, assim como o amor. Que não existe só desencontro e traição mas ternura, amizade, compaixão, ética e delicadeza.
Ao final, espero ser o que sempre desejei, no enquanto afirmo, quase me esqueci. Ser um ser humano vulnerável e complicado, porém amoroso e que curte os outros, com todos os meus erros e falhas, e me apegando a essa sensação de que, afinal, buscar, vale a pena.
Concluí que para viver qualquer fase da vida com alegria, é preciso acreditar que ela (a vida e a alegria) vale a pena!

*Rodrigo é advogado

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