Folclore político
No começo dos anos 80 e final da ditadura militar, o País estava em efervescência, tentando aprender a se democratizar, a ter liberdade. E no meio sindical não era diferente. O PT nascia tomando todos os sindicatos “pelegos”, segundo eles. Foi convocada uma reunião aqui em Maringá, com a maioria dos sindicatos da região, de Londrina a Umuarama. A pauta era unificar as bandeiras, recuperar as perdas durante os anos de chumbo. Na assembleia, o assunto era reforma agrária. No meio das discussões um presidente de um sindicato de trabalhadores rurais de uma determinada cidade se posicionou contra. Surpresa geral, o cara quase foi linchado. Mas o curioso foi a sua defesa: “Se o patrão é contra, é porque isso não deve ser boa coisa” disse num misto de ignorância e subserviência. Comprovei ali na prática, que era verdadeiro o dito popular que diz que “o uso do cachimbo deixa realmente a boca torta”.
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