Simplesmente Clarice
"Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo".
Essa brasileira nasceu com o nome de Haia, em um pequeno vilarejo da Ucrânia, quando seus pais fugiam da Guerra da Prússia e estavam à caminho do Brasil. Chegou aqui ainda bebê e passou a se chamar Clarice. Essa bruxa das letras (assim definida por Otto Lara Resende), também recebeu outras definições de escritores contemporâneos. Antonio Callado dizia que era enigmática, Drummond a descrevia como um mistério e Paulo Francis a achava insolúvel. Seus textos não têm enredo, mas sim sensações. Dizia a respeito de si mesma: “Não sei o que quero e, quando descobrir, não preciso mais. Acho que quero entender. Quando escrevo, vou descobrindo, aprendendo. É um exercício de aprendizagem da vida”. Cursou a faculdade de Direito, casou-se com um diplomata, teve dois filhos e passou a vida escrevendo. Certa vez ao ser entrevistada pelo jornalista José Castello que perguntou por que ela escrevia, Clarice retrucou dizendo: “Vou lhe responder com outra pergunta: Por que você bebe água?”. Ao que Castello respondeu prontamente, “porque tenho sede” e ela emendou “Quer dizer que você bebe água para não morrer. Pois eu também: escrevo para me manter viva”. Essa mulher admirável, sempre foi marcada pela solidão e pelo sofrimento. Um dos seus filhos sofria de esquizofrenia e ela foi vítima de um grave acidente - quase morreu ao tentar apagar um incêndio. Apesar do sucesso dos seus livros passou por dificuldades financeiras. Vidente e visionária, porém nunca abandonou o que mais gostava de fazer, ou seja, escrever. Poucos meses antes de morrer deu uma entrevista em que confessou: “Quando não escrevo, estou morta. Nasci para escrever. Cada livro meu é uma estreia penosa e feliz. Essa capacidade de me renovar toda à medida que o tempo passa é o que chamo de viver e escrever”.
Morreu de câncer em 1977, às vésperas de completar 57 anos.
Essa brasileira nasceu com o nome de Haia, em um pequeno vilarejo da Ucrânia, quando seus pais fugiam da Guerra da Prússia e estavam à caminho do Brasil. Chegou aqui ainda bebê e passou a se chamar Clarice. Essa bruxa das letras (assim definida por Otto Lara Resende), também recebeu outras definições de escritores contemporâneos. Antonio Callado dizia que era enigmática, Drummond a descrevia como um mistério e Paulo Francis a achava insolúvel. Seus textos não têm enredo, mas sim sensações. Dizia a respeito de si mesma: “Não sei o que quero e, quando descobrir, não preciso mais. Acho que quero entender. Quando escrevo, vou descobrindo, aprendendo. É um exercício de aprendizagem da vida”. Cursou a faculdade de Direito, casou-se com um diplomata, teve dois filhos e passou a vida escrevendo. Certa vez ao ser entrevistada pelo jornalista José Castello que perguntou por que ela escrevia, Clarice retrucou dizendo: “Vou lhe responder com outra pergunta: Por que você bebe água?”. Ao que Castello respondeu prontamente, “porque tenho sede” e ela emendou “Quer dizer que você bebe água para não morrer. Pois eu também: escrevo para me manter viva”. Essa mulher admirável, sempre foi marcada pela solidão e pelo sofrimento. Um dos seus filhos sofria de esquizofrenia e ela foi vítima de um grave acidente - quase morreu ao tentar apagar um incêndio. Apesar do sucesso dos seus livros passou por dificuldades financeiras. Vidente e visionária, porém nunca abandonou o que mais gostava de fazer, ou seja, escrever. Poucos meses antes de morrer deu uma entrevista em que confessou: “Quando não escrevo, estou morta. Nasci para escrever. Cada livro meu é uma estreia penosa e feliz. Essa capacidade de me renovar toda à medida que o tempo passa é o que chamo de viver e escrever”.
Morreu de câncer em 1977, às vésperas de completar 57 anos.
Malu Pedarcini
2 comentários:
Parabéns Malú, vc está falando da maior escritora brasileira, a rainha da metáforas,uma escritora que todos deviam ler, ou pelo menos saber um das suas muitas frases geniais..estou amando o blog..diferente..alternativo
Clarice é patrimônio mundial das Letras. Para mim é a maior poetisa do século XX.
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