sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Alimentação do futuro

A alimentação humana do futuro pode estar sendo desenvolvida dentro dos laboratórios da engenharia alimentar. Pesquisadores já estão conseguindo utilizar microalgas com alto poder de proteínas para enriquecer massas brancas e que são, geralmente, pobres em nutrientes.
O pesquisador Jorge Alberto Vieira Costa, coordenador do Laboratório de Engenharia Bioquímica (LEB) da Fundação Universidade Federal de Rio Grande (Furg), no Rio Grande do Sul, traz do laboratório o resultado de anos de estudo com microalgas, células que se desenvolvem em meio salino e se multiplicam rapidamente.
O segredo fica a 500 quilômetros de Porto Alegre, mais precisamente na Lagoa Mangueira, onde pesquisadores identificaram a presença de um dos alimentos mais completos já descobertos pelo homem: a microalga espirulina. “É um dos alimentos com maior potencial protéico que existe. Ela tem 60% de proteína, enquanto a carne possui 20% e o leite 12%”, informa.
Na estufa da Furg, os pesquisadores conseguem produzir 50 quilos por mês, que passam por processo de secagem e viram palitinhos verdes, que se transformam em sopa, bolo, gelatina e até barrinhas de cereais. “Esses alimentos ajudam a reduzir o colesterol e a prevenir doenças cardíacas, além de ter uma grande concentração de sais minerais e de vitaminas e ser uma poderosa fonte de ômega 3 e ômega 6. Mas o sucesso está mesmo no índice de aproveitamento: nosso organismo consegue absorver 90% dos nutrientes da espirulina”, avalia Costa. Os alimentos à base de algas, ainda sem previsão de produção em escala, já estão reforçando a merenda escolar da rede pública do Rio Grande do Sul.

0 comentários:

  © GAZETA MARINGAENSE O PORTA-VOZ DA COMUNIDADE. template Configurado por Carlos Jota Silva 2010

Voltar ao TOPO