terça-feira, 12 de outubro de 2010

Renato Russo: um mito

“Eu rabisco o sol que a chuva apagou”.
Alguém que escreve um verso desses é ou não é uma pessoa especial?  Renato Manfredini Júnior era um ser especialíssimo. O nome Renato Russo foi uma homenagem a três grandes personalidades da história: o iluminista suíço Jean-Jacques Rousseau, o filósofo inglês Bertrand Russel e o pintor francês Henri Rousseau. Renato era carioca, mas morou nos Estados Unidos quando criança e depois se radicou na Capital Federal.
Na adolescência foi acometido por uma doença de nome esquisito, a Epifiólise, que lhe tirou o movimento das pernas. A doença durou dois anos e neste período ele aproveitou para ler e estudar muito.
Deu aulas de inglês, mas gostava mesmo era de música. Em 1978 criou a banda “Aborto Elétrico” que durou quatro anos. Ainda neste ano, ele conheceu Dado Vila-Lobos e Marcelo Bonfá, com quem viria a formar a banda Legião Urbana em 1982.
Começava aí uma carreira de sucesso, com letras de músicas que levavam à loucura uma multidão de fãs.
Em 1994 se lançou na carreira solo com um disco todo gravado em inglês. Os royalties desse disco foram doados para a Ação da Cidadania contra a Miséria e pela Vida, campanha do sociólogo Betinho.
Paralelamente se apresentava com a Legião Urbana em grandes shows. O último foi em Santos em 14 de janeiro de 1995.
No dia 11 de outubro, às 1h15, Renato Russo morreu em seu apartamento em Ipanema, no Rio de Janeiro, vítima de broncopneumonia, septicemia e infecção urinária, decorrentes da AIDS, depois de seis anos como portador do vírus HIV.  A Legião Urbana acabaria oficialmente uma semana depois, deixando órfãos milhões de fãs.
Mais de uma década após sua morte ele continua despertando o amor dos fãs e não faltam homenagens: discos, livros, clones, shows. Renato morreu, mas o mito ficou para sempre.

Malu Pedarcini

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