quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Dia Internacional da Igualdade Feminina

Selo comemorativo em homenagem à Madalena Caramuru
Vinte e seis de agosto. Dia Internacional da Igualdade Feminina. Poucas mulheres sabem disso. E, menos ainda que a primeira mulher brasileira que teve acesso às letras foi a índia Madalena Caramuru, filha do náufrago português Diogo Álvares Correia, o “Caramuru”, apelido este que os índios lhe deram ao vê-lo sair das águas molhado, com as vestes coladas ao corpo. Caramuru que quer dizer enguia, peixe-cobra e não tem nada a ver com “filho do trovão”, invenção poética do frei Santa Rita Durão. A mãe de Madalena era a índia tupinambá Moema Paraguaçu. Em 1561 Madalena escreveu ao padre Manoel da Nóbrega para que as crianças escravas fossem tratadas com dignidade. Naquela época saber ler e escrever era privilégio de poucos homens. Mulheres eram mantidas na absoluta ignorância. Madalena foi exceção. Nóbrega, entusiasmado, tentou criar oportunidades de alfabetização para as brasileiras. Enviou o pedido à rainha Catarina de Bragança. Mas a metrópole portuguesa recusou a iniciativa, qualificando de “ousado” o projeto, pelo “perigo” que pudesse representar. Em 1534 Madalena casou-se com Afonso Rodrigues, português de Óbidos, que a apresentou ao mundo das letras. Os índios, não faziam distinção entre os sexos. Para eles a mulher era companheira. Foi assim que Madalena Caramuru, filha de português com índia, entrou para a História como primeira mulher brasileira letrada.Em homenagem a Madalena, os Correios lançaram em 2001, um selo que simboliza a luta pela alfabetização da mulher no Brasil.

Malu Pedarcini

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