segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Amor de primavera

Era setembro. Início de primavera. Os ipês começavam a pintar a cidade, tal qual uma tela de Monet. O Parque do Ingá aberto e a antiga rodoviária em pé desafiando a especulação imobiliária e os caprichos do rei. Foi nesse cenário que ele a conheceu. Foi um resgate de juventude e como neve em vulcão ele se derreteu por ela. A primavera chegou e com certeza foi uma das melhores de sua vida. Mas ela tinha dia marcado para acabar e se foi, levando com ela o romance. O Parque do Ingá foi fechado, a velha rodoviária parcialmente derrubada e seu coração perdeu um pedaço, já recomposto. Hoje ao sair para o trabalho, no carro ouvindo uma velha canção do Neil Young, e vendo os ipês começando a florir novamente bateu a saudade. Ele respirou fundo e se prepara para receber mais uma primavera, serenamente.

Antonio Santiago

6 comentários:

Marcia,  20 de setembro de 2010 às 18:00  

O Santi voltou..rsrs

PEREZ,  20 de setembro de 2010 às 19:44  

Caro amigo Santiago. Pior de tudo é que o nobre rei usa três árvores como símbolo de governo. Desse jeito Maringá será pioneira em árvores petrificadas no planeta. Espere para ver.

Juliana,  20 de setembro de 2010 às 20:06  

Amores de primavera são lindos. já vivi um

Anônimo,  20 de setembro de 2010 às 20:45  

Tudo tem, pelo menos, dois lados...

Helena (UEM),  20 de setembro de 2010 às 20:53  

Só ouvir o Neil Young já vale a pena. Amores vão e vem.

Di,  21 de setembro de 2010 às 17:17  

Linda... primavera é a estação do amor, mas prefiro os de final feliz.

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