Amor de primavera
Era setembro. Início de primavera. Os ipês começavam a pintar a cidade, tal qual uma tela de Monet. O Parque do Ingá aberto e a antiga rodoviária em pé desafiando a especulação imobiliária e os caprichos do rei. Foi nesse cenário que ele a conheceu. Foi um resgate de juventude e como neve em vulcão ele se derreteu por ela. A primavera chegou e com certeza foi uma das melhores de sua vida. Mas ela tinha dia marcado para acabar e se foi, levando com ela o romance. O Parque do Ingá foi fechado, a velha rodoviária parcialmente derrubada e seu coração perdeu um pedaço, já recomposto. Hoje ao sair para o trabalho, no carro ouvindo uma velha canção do Neil Young, e vendo os ipês começando a florir novamente bateu a saudade. Ele respirou fundo e se prepara para receber mais uma primavera, serenamente.
Antonio Santiago
6 comentários:
O Santi voltou..rsrs
Caro amigo Santiago. Pior de tudo é que o nobre rei usa três árvores como símbolo de governo. Desse jeito Maringá será pioneira em árvores petrificadas no planeta. Espere para ver.
Amores de primavera são lindos. já vivi um
Tudo tem, pelo menos, dois lados...
Só ouvir o Neil Young já vale a pena. Amores vão e vem.
Linda... primavera é a estação do amor, mas prefiro os de final feliz.
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